Campanha de vacinação antirrábica 2010 - um alerta   
  
    O grande susto do ano passado (2010)  foi dado pela campanha nacional de vacinação antirrábica.Totalmente  confiável até o ano retrasado (2009), a vacina havia conquistado o  respeito da população brasileira, mas, em 2010, apesr a nova formulação  por cultivo celular ser mais moderna e de melhor imunização, houve um  revés e a campanha teve de ser suspensa em nível nacional.
 
 Os primeiros sinais do problema  vieram do Rio de Janeiro, relatados em 13 de agosto pela  médica-veterinária Andrea Laumbert, a qual, em 26 de agosto, viria a  organizar uma manifestação pública pela interrupção da vacinação.
 
 
Antes da manifestação, em 19 de agosto, a Secretaria de Saúde do Estado  de São Paulo (SES/SP) recomendava suspender a vacinação em todo o  Estado, sugestão que a entidade reforçou no início de setembro.Depois de  notícias de reações adversas e de óbitos multiplicarem-se por vários  Estados e de muito sofrimento, em 7 de outubro o Ministério da Saúde  suspendeu a campanha no Brasil, por tempo indeterminado.
 
 Dados fornecidos pelo Estado de  São Paulo foram fundamentais para a decisão.Entre 13 de agosto e 21 de  setembro, de 704.386 animais vacinados, 2.434 gatos e 938 cães tiveram  reações adversas e 87 cães e 26 gatos foram a óbito, conforme nota  técnica de 24 de setembro de 2010, da SSE/SP.Até o fechamento desta  edição(dez/2010), o Ministério da Saúde não havia retomado a vacinação  nem emitido comunicado sobre o motivo das reações.
 
 A raiva está sob controle no  Brasil graças às campanhas de vacinação e especialistas consideram que  atrasar a campanha até três meses não trará prejuízo.As entidades de  proteção orientam quem precisa vacinar animais por motivo de viagem a  fazê-lo em clínica veterinária (a vacina que deu problema foi fabricada  pelo Laboratório Biovet).
 
 O episódio traz à discussão os  critérios de liberação dos produtos veterinários pelo Ministério da  Agriculturam Pecuária e Abastecimento.Antes de ser retomada a campanha  de vacinação antirrábica será preciso ter certeza que as vacinas não  irão provocar outra onda de reações adversas.
 
 
  
 texto extraído da revista cães e cia