segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Queremos espaço

Eles também querem espaço

Com o aumento de pessoas que buscam a companhia de animais domésticos, cresce a necessidade de criarem-se cantos específicos que fazem a alegria dos bichos e de seus donos

Uma adaptação simples, segundo a arquiteta
Luciana Savassi Guimarães, é o uso de piso antiderrapante
Atualmente, é grande o número de pessoas que optam por ter um animal de estimação em casa. Seja para fazer companhia, agradar às crianças ou simplesmente por amor aos bichos, o fato é que nos últimos quatro anos houve um aumento de 17,6% no número de cães e gatos domésticos no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A relação seria de um cão para cada seis habitantes e um gato para cada 16.

O aumento da população de animais domésticos pode ser percebido em todas as classes sociais, como aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Hoje, 63% das famílias brasileiras de classe A e B têm um bicho de estimação e o consideram integrante da família. Esse número passa para 64% na classe C e é de 55% nas D e E. A estimativa é de que 59% dos lares têm algum bicho doméstico.

Diante disso, é comum a preocupação com a criação de soluções que proporcionem mais conforto aos moradores e seus animais de estimação. O arquiteto da D&A Arquitetura Luciano Costa, observa que, em decorrência da expansão do mercado imobiliário, as construtoras e incorporadoras apostam cada vez mais nos imóveis personalizados, que atendam as expectativas dos variados perfis de consumidores. "Nessa corrente, dentre outros espaços, como salão de beleza e garage band (espaço a prova de som para ensaio de bandas), existem alguns empreendimentos que contemplam áreas para animais de estimação, algumas vezes chamadas de pet care", explica.

A arquiteta da Even Construtora e Incorporadora Roberta Castanheira de Barros explica que o pet care é um local destinado ao cuidado (banho e tosa) de animais de pequeno porte. "Além dele, pode haver o dog bar, pequeno espaço onde o cachorrinho pode beber água ao chegar do passeio", diz.
Roberta Castanheira de Barros, da Even Construtora, diz que demanda
por áreas para bichos de estimação tem crescido no mercado imobiliário
Uma prova do crescimento da procura por soluções voltadas para os animais domésticos, de acordo com a arquiteta Luciana Savassi Guimarães, é o destaque que espaços como esses ganharam em mostras, como a Casa Cor, maior evento de arquitetura, decoração, design e paisagismo da América Latina, realizado anualmente desde 1987. "Nela, arquitetos e decoradores podem personalizar esses espaços de acordo com um cliente pré-determinado e ousar nas soluções estéticas e funcionais com novos materiais e ideias", aponta.

CRIATIVIDADE

Conforme Luciano Costa, para a concepção dos locais para os animais de estimação, o arquiteto deve se valer de sua experiência ou da assessoria de profissionais qualificados, veterinários e zootecnistas. "De posse do perfil a que se destina o empreendimento é que será dimensionada adequadamente a área, levando em conta o bem-estar animal e a harmonia junto à imagem global do edifício."

Luciana Savassi conta que existem dois tipos de espaços voltados para o cuidado com os animais domésticos. "O pet care e o pet space, projetados geralmente na área comum, para que os animais se exercitem, brinquem e interajam." Para o primeiro, a solução pode ser simples, criando só um local para banho e uma bancada de apoio. "Mas também pode ser personalizada, se for um projeto feito para um pet em especial. Aí será levado em consideração seu tamanho, peso, tipos de tratamento que vai receber no local e decoração personalizada. Existe até ofurô para eles", comenta.

Já o pet space pode ser desde um local determinado ao ar livre para este fim até um espaço mobiliado tipo playground de animais, com vários tipos de acessórios específicos para eles se exercitarem e brincarem, como explica a arquiteta. "Ambos os espaços podem ser oferecidos pela própria construtora no projeto inicial do prédio e entregues mobiliados e decorados ou podem ficar por conta dos condôminos", acrescente Luciana.

Fonte: Jornal Estado de Minas - Júnia Letícia (http://noticias.lugarcerto.com.br/)

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